No Brasil, o transporte de cargas é realizado predominantemente através do modal rodoviário, com um montante de 80% de toda mercadoria transportada no país, e os riscos para o transporte também é elevado. Além do auto custo combustível, o índice de roubo chega a 84,79% na região sudeste.
De acordo com um estudo realizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), somente no ano passado, o roubo de cargas gerou um prejuízo de R$ 1,4 bilhão. Em 5 anos, o número de ocorrências aumentou 86%, sendo que 84% dos casos ocorreram no Rio de Janeiro e São Paulo.
Apesar de o número total dos registros de roubo estar em São Paulo, quando levamos em conta o tamanho da população, o Rio de Janeiro tem uma quantidade proporcionalmente maior de casos — 59,3 ocorrências para cada mil habitantes (RJ) contra 22,2 (SP).
Esse cenário posiciona o Brasil na 8ª posição no triste ranking dos países mais perigosos para o transporte de cargas, definido pelo Joint Cargo Committee, no qual somos classificados como um país de alto risco.
Além disso, o impacto afeta a transportadora de cargas, que precisa, por sua vez, repassar os custos para o consumidor final. Isso ocorre porque, como o risco de roubo é maior, as seguradoras acabam cobrando taxas adicionais nas apólices, acarretando aumento nos preços dos produtos comercializados.
A malha rodoviária é outro ponto que carece de investimentos e modernização para que haja um aumento de eficiência no setor. A infraestrutura das rodovias impacta diretamente na qualidade do serviço prestado.
Outros modais de transportes como o ferroviário, aquaviário, aéreo e dutoviário, que são utilizados no país em menor escala, recebem um baixo incentivo por parte do governo.
Eles seriam uma solução para desafogar a malha rodoviária brasileira, mas com o baixo incentivo nestes modais por parte do governo, o setor privado – que poderia contribuir com benefícios e modernizações – se depara com uma situação inviável para investimentos. Para investir, o setor privado precisa de uma infraestrutura adequada que possibilite a criação de melhorias e diminuição do transporte rodoviário no país.
Com o aumento das vendas virtuais, houve consequente crescimento do número de veículos de cargas em trânsito. De acordo com a ANTT, são 2.209.440 veículos em um registro que tende a aumentar com a atual situação que o mundo enfrenta. O que gera uma maior preocupação do setor de gerenciamento de riscos, pois a tendência é que venha a aumentar o número de roubos de cargas e acidentes de trânsito. Problemas que acarretam prejuízos às empresas de transporte de cargas.
Cenário Nacional
Não é novidade que a região Sudeste é a mais afetada, com 84,79% dos casos de roubos de carga, sendo representada pelo Rio de Janeiro com 41,39% e por São Paulo com 39,39%, seguidos pela região Nordeste, com 8,97%, o Sul com 7,69%, a Centro-oeste com 2%, e a Norte com 0,56%.
Os produtos mais roubados são: alimentos e bebidas; eletroeletrônicos; cigarros; produtos fármacos; químicos; têxteis e confecções; autopeças; combustíveis; produtos agrícolas; higiene pessoal e limpeza.
Frente ao apresentado, fica fundamentado o incansável esforço das empresas especializadas em gerenciamento de risco para minimizar sinistros. A NTC&LOGÍSTICA apontou que em 2019 foram registrados pelas empresas de transporte, em média, um roubo a cada duas horas.
Para mitigar esse risco, a MultySat, uma empresa de tecnologia em monitoramento via satélite e GPRS/GSM, tem buscado constantemente inovações e colocado todo esse Know-how e tecnologia a serviço do setor automotivo no Brasil e em mais quatro(4) países.
À medida em que o tempo passa, as ”organizações criminosas ficam cada vez mais organizadas” e com isso é necessário que todos estejamos preparados contra esse perigo iminente. Usar a tecnologia a nosso favor, é a melhor arma para combater o crime.
Rodovias mais visadas:
BR-116 (Paraná – São Paulo e Rio de Janeiro – São Paulo);
BR-101 (Rio Grande do Norte – Rio Grande do Sul);
BR-050 (Brasília – Santos);
BR-040 (Brasília – Rio de Janeiro);
BR-153 (Belém – Brasília);
BR-262 (Espírito Santo – Minas Gerais – São Paulo – Mato Grosso do Sul).
Produtos mais roubados por estado:
São Paulo: Alimentos & Bebidas, Combustíveis e Eletrônicos;
Rio de Janeiro: Alimentos & Bebidas, Eletrônicos e Álcool;
Minas Gerais: Cigarros, Medicamentos e Eletrônicos. Especificamente no triângulo mineiro, há um destaque especial para as cargas de fertilizantes;
Paraná: Alimentos & Bebidas e Produtos de Limpeza;
Rio Grande do Sul: Combustíveis.
Com base nessas informações, algumas dicas podem prevenir os possíveis ataques criminosos nas rodovias, tais como:
Tenha sempre um programa de gerenciamento de riscos (PGR) bem definido;
Utilize as ferramentas tecnológicas disponíveis no mercado ao seu favor;
Planeje bem os percursos dos veículos antes de liberá-los para iniciar seus trajetos;
Treinamentos constantes com os motoristas;
Faça seguro para as cargas;
Deixe a manutenção dos veículos em dia;
Verifique se o veículo possui combustível suficiente para rodar no mínimo 150 quilômetros a partir da sua origem;
Evite veículos em trânsito à noite, tenha um horário de corte de trânsito;
Alterne as rotas dos veículos;
Avalie o uso de escolta armada, principalmente em locais já caracterizados como área de risco.
Tipos de recursos e alertas que a plataforma MultySat oferece:
Alarme de colisão
Alarme de guincho
Alarme de ignição
Alarme do sensor
Alerta de bateria baixa
Alta rotação neutra
Ancora
Área de risco (entrada)
Área de risco (saída)
Ativação automática do GPS - inicialização
Ativação automática do GPS - programado
Ativação do modo avião
Ativação manual do GPS - aparelho
Ativação manual do GPS - aplicativo
Bateria baixa
Cerca ultrapassada (entrada)
Cerca ultrapassada (saída)
Desativação automática do GPS - programado
Desativação do modo avião
Desativação manual do GPS - aparelho
Desativação manual do GPS - aplicativo
Desligamento manual do aparelho
Desligando
Destravar veículo
Energia cortada
Energia religada
Entrada 1 desligada
Entrada 1 ligada
Entrada 2 desligada
Entrada 2 ligada
Entrada 3 desligada
Entrada 3 ligada
Entrada 4 desligada
Entrada 4 ligada
Entrando em modo econômico
Ignição desligada
Ignição ligada
Inicialização do aparelho
Inicialização do aplicativo
Jamming detectado
Motorista desconectado
Movimentação indevida
Movimento com ignição desligada
Mudança no limite de velocidade
RPM Excessivo
RPM Excessivo neutro
Saindo do modo econômico
Sem atualização
Travar veículo
Velocidade normalizada
Velocidade ultrapassada
Viagem longa
Gilmar Ferreira é piloto e paraquedista, tendo voado por mais de uma década em garimpos, transporte aero médico e com busca e salvamento nas selvas amazônica. Fundador da Asa Norte Taxi Aéreo e CEO do MultyGroup.
Sua experiência por mais de 30 anos na Amazônia, permitiu experimentar e controlar os níveis mais elevados de stress em situações críticas onde demanda a frieza para atravessar uma adversidade extrema. É também escritor e apaixonado pelo empreendedorismo. Fale com o Gilmar